segunda-feira, 29 de abril de 2019
A dor da Sofia
A Sophia Loren tinha triunfado em Canes na primavera de 1955. Todos ficaram completamente rendidos, encantados, apaixonados e babados pela menina pobre italiana com olhos de gata e corpo de deusa.
Chega aos states, contratada pela Paramout vai deslumbrada e deslumbrante no seu papel de vedeta na vida real. A Paramout ainda nesse ano de 1956, organiza um jantar para homenagear a sua nova vedeta. No jantar estão todos os manda-chuvas de hollywood. A Sophia está linda, sente-se o centro do universo e tem razões para isso.
Está de vestido preto, rodeada de atencões, criados com bandejas, actores sedutores com salamaleques e produtores ricos com mãos atrevidas. Sentou-se para jantar numa cadeira que alguem puxou. É então que chega uma loura a roubar-lhe a atenção dos homens, das mulheres e dos fotografos que a trabalhar não têm sexo.
A loura chama-se Jayne Mansfield e no ano anterior tinha sido a capa da playboy. Chegou já tarde, de vestido branco, saltos altos e superpoderes nos dois mamilos que batiam nas pessoas e nas coisas duas decimas de segundo antes dela chegar e lançavam raios de luz branca e gelada que faziam ricochete na mobilia encandeando tudo e todos.
A pessoa que organizou o jantar por venenosa ironia sentou a loura ao lado da Loren.
Um dos fotografos presentes, num momento de inspiração disparou. E ficou retratado o sentimento da inveja no olhar da morena e o sorriso de triunfo nos labios da loura. Alem da inveja, a foto talvez explique a razão do trauma da Sophia Lauren que a fez passar os vinte anos seguintes a exibir o decote em todos os filmes em que participou
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